Olá, Visitantes.
Este vídeo foi um desabafo de Michael Jackson em uma reunião no Harlen em julho de 2002, com o reverendo Al Sharpton. Nesse evento, ele denunciou a indústria fonográfica como uma brutal exploradora dos talentos que açambarca.
Os tubarões dessa indústria não aceitaram seu maior tesouro se rebelando contra eles (apesar de nunca o terem protegido de tanta covardia que se criava contra ele). O massacre prosseguiu até seu assassinato (na minha visão). Vejam a transcrição do discurso em português.
Fabian.
“Obrigado Al Sharpton, obrigado Johnnie Cochran. Obrigado por convidar-me a vir aqui e a todas as pessoas encantadoras que aqui estão.
Eu me lembro, há muito tempo em Indiana, eu não tinha mais do que seis ou sete anos e tinha um sonho, queria ser artista. Quando não podia dormir pela noite, minha mãe me acordava e dizia: ‘Michael, Michael, James Brown está na TV, ligue-a!’
Eu pulava da cama e olhava fixamente na tela e ele dava voltas, girava… E depois estava Jackie Wilson. Ele continuava e continuava, já sabem, simplesmente fenomenal, ilimitado, enorme talento.
É muito triste ver que estes artistas estejam realmente, estejam sem dinheiro. Eles criaram tanta alegria para o mundo… E o sistema, referindo-me às companhias discográficas, aproveitou-se totalmente deles.
E não é como sempre dizem, vocês já sabem. Se fizeram uma grande coisa, gastaram muito dinheiro, compraram muitos carros… Isso é estúpido, é somente uma desculpa. Não é nada comparado ao que fazem os artistas.
E preciso que saibam que é muito importante isto que estamos lutando porque estou cansado, muito cansado da manipulação. Cansado de como a imprensa está manipulando tudo que tem acontecido nessa situação.
Não dizem a verdade, são mentirosos. Eles têm estado manipulando… Manipulam, manipulam nossos livros de história. Os livros de história. Os livros de história não são verdade, é uma mentira… Os livros de história mentem. Vocês precisam saber, devem saber!
Todas as formas de música popular, desde o jazz, o hip-hop, o bebop, o soul… Os diferentes estilos de dança, desde o cakewalk ao jiterbug, desde o charlestone ao breakdance… todas essas são formas de dança negra!
Que é mais importante que dar às pessoas uma forma de evasão, entendendo evasão como entretenimento?
Essas coisas são muito importantes, mas se você vai a uma livraria da esquina, não vai ver nenhuma pessoa negra na porta! Você vai ver Elvis Presley, vai ver os Rolling Stones… Mas, onde estão os verdadeiros pioneiros, os que os antecederam?
Otis Blackwell foi um prolífico escritor. Ele escreveu algumas das melhores músicas de Elvis Presley. E é um homem negro. Ele morreu sem dinheiro e ninguém nunca escreveu nada sobre esse homem, nunca fizeram absolutamente nenhum livro sobre ele. Suas canções eram ouvidas ao redor do mundo.
Hoje eu conheci sua filha e foi uma verdadeira honra para mim. Para mim, conhecê-la está no nível que conhecer a rainha da Inglaterra.
Estou aqui para falar por toda a injustiça e vocês tem que recordar algo: O minuto em que comecei a quebrar os recordes de vendas de todos os tempos… quebrei os recordes de Elvis, quebrei os recordes dos Beatles… No minuto em que se tornou o álbum mais vendido no livro Guiness dos Recordes, da noite para o dia denominaram-me ‘aberração’, denominaram-me homossexual, denominaram-me molestador de crianças, disseram que tentei branquear minha pele, fizeram de tudo para colocar o público contra mim.
Isto tudo é uma completa, uma completa conspiração. Vocês têm que saber. Sei qual é minha raça, simplesmente me olho no espelho, sei que sou negro.
Amo vocês. E lembrem-se: SOMOS TODOS IRMÃOS E IRMÃS, NÃO IMPORTA DE QUE COR SOMOS.”
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