terça-feira, 29 de novembro de 2022

Minha visão realista

Olá, Visitantes.

Já escrevi um texto "Acreditar não é saber", abrangendo a idéia de que a fé do primeiro não se deve misturar à comprovação do segundo. Acreditar é Religião; saber é Ciência. Entre as duas, existem as TEORIAS que se baseiam em ambas. Exemplo: os evolucionistas ACREDITAM (e professam) que a vida na Terra se iniciou em um "sopão primordial" e, na base da "tentativa e erro" aleatória, surgiram todas as formas de vida no planeta. Até hoje, não comprovaram, mas, até aí, tudo bem; que creiam. São livres para tanto. O problema é que isto (e muito mais na sua esteira) é "ensinado" (imposto) nas escolas como FATO comprovado e quem não aceita tais "verdades" é estigmatizado de, no mínimo, estúpido. E isto é inaceitável.

Podemos acreditar em tudo o que bem entendermos e "termos certeza" de nossas crenças sem as impormos às crenças vizinhas. Já o saber deriva-se da experimentação para termos certeza: sabemos na prática que a água molha, o fogo queima, etc e etc. Ainda assim, não se deve impor tais saberes porque nem é necessário. A realidade se auto-impõe sempre.

Afirmo novamente que NÃO DEFENDO NENHUMA TEORIA, por mais que ela seja apetecível, crível, quase inteira comprovável. Prefiro seguir o pragmatismo dito pelo Lulu Santos: "Hoje eu sei e não "acredito". Me cansei de ter ilusão. Hoje, eu sei e só acredito no que já está na minha mão". Por isso que o Evolucionismo, o Heliocentrismo, o Globalismo, o Terraplanismo, o 'Aquecimentismo', a Relatividade, etc, me são interessantes até, no máximo, a página 7 de 10. Enquanto restarem essas três ou mais páginas a serem comprovadas, fico na minha. Permitam-me continuar contestando alegremente sandices, histrionices e tantas "ices" derivadas dessas e de todas as outras teorias.

Mas quero mostrar minha visão científico-amadora de um fato da Física que é solene e, a meu ver, desonestamente ignorado pelos chamados especialistas e, óbvio, pela oligofrenia coletiva. Há algum tempo, começou a ser propalado com mais veemência pelos cientistas (com seus notórios palavrórios científicos) que os oceanos são curvos e a Terra é um geóide amorfo. Sabemos que oceanos, mares, represas, etc, são exemplos de ÁGUAS PARADAS e elas são PLANAS como uma poça d'água, um aquário e uma piscina. Pelo menos, até que se PROVE O CONTRÁRIO (sem palavrório estéril). Uma simples FOTO (não photoshop) da Terra de corpo inteiro resolveria tudo.

Daí, os "sientistas" dão um exemplo para nós, da "massa ignara", podermos entender: "Se os oceanos fossem planos, seria possível ver a África a partir do litoral brasileiro". ERRADO ! Não se enxerga porque é FISICAMENTE IMPOSSÍVEL. Esses "entendidos" omitem desonestamente o que a ÓPTICA já comprovou por A + B. Vejamos:


Nossos olhos funcionam à base de luz. As imagens se formam quando a LUZ REFLETIDA pelos objetos atravessa a pupila, chega à retina e, a partir daí, num processo complexo e maravilhoso, enxergamos as formas, cores, etc. Sendo a luz MATÉRIA, como os sólidos, líquidos e gasosos, ela sofre interferência desses estados, sendo bloqueada, desviada, refletida, difratada,... Sabemos que um cenário quilométrico que conseguimos enxergar num dia claro e limpo já sofre uma redução significativa de visibilidade com uma tênue neblina.

Sabe-se que a distância entre os litorais brasileiro e africano é cerca de 6 mil km. Imaginem um dia limpo e claro sobre o Atlântico, com o Sol equidistante aos dois continentes, iluminando ambos os litorais. A luz solar é refletida na costa africana e tem de atravessar esses 6 mil km de DENSA ATMOSFERA (vapor d'água) para chegar ao observador e, desta maneira, a imagem ser formada. E ISTO NÃO ACONTECE. A luz refletida vai sofrendo incalculáveis difrações nas moléculas de vapor e se dispersa, se dilui completamente na atmosfera muito antes de 10% do percurso total. Isto é FATO COMPROVADO.

Então, vem a "solução fenomenal": "É só usar um telescópio, oras !!" NÃO, meus amigos e amigas ! Um telescópio funciona como nossos olhos, cuja luz refletida tem de chegar à retina e SEM DISTORÇÕES para que as imagens se formem corretamente. Se a luz não chegar às lentes (espelhos) do telescópio para que ele as MAGNIFIQUE, nada feito. Não se enxergará NADA ! Simples assim. Vejam como funciona:





Ratificando: não estou defendendo a Teoria Terraplanista. Estou só (acredito piamente) comprovando o AQUAPLANISMO. E para reforçar isto e finalizar, imaginem o descomunal rio Amazonas, chamado de "Rio-Mar" tanto pelo seu tamanho quanto pela placidez de suas águas de planície. Sua largura passa fácil e bastante dos 50 km em muitos trechos (na sua foz, chega a 300 km). Nessa medida "pequena" de 50 km, pelo chamado Índice de Curvatura da Terra, uma margem estaria quase 200 metros abaixo da linha de visão da outra. Então, o Amazonas correria pelo seu leito tendo sua superfície mais ou menos com este formato?




Se vocês ACREDITAM que isto acontece em acordo com as normas da Física dentro da atmosfera terrestre e que é CIÊNCIA COMPROVADA, o que mais posso dizer? Estejam em paz e felizes com suas certezas. Eu sobreviverei bem com as minhas.

Fabian.

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

O método Aliado

Olá, Visitantes.

Desde sempre, os vencedores de qualquer guerra mostram a que vieram e o que são pelo tratamento dado a seus prisioneiros. A 2ª Guerra foi, possivelmente, o mais terrível de todos os horrores modernos.

Além da tenebrosa atitude do general Eisenhower contra centenas de milhares de soldados alemães prisioneiros de guerra, que ele deixou morrerem por inanição, como vemos no vídeo abaixo, existem centenas de acusações e depoimentos que atestam todos os tipos de brutalidades, covardias e sadismos nas torturas perpetradas pelos Aliados e judeus contra prisioneiros alemães.

Neste breve post, relembro alguns excertos desses depoimentos, os quais todos nós devemos utilizar como parâmetro para medir, ponderar e julgar a insanidade e degenerescência que grassam pela desmentalidade humana.
Fabian.



Assustadores foram os métodos utilizados em Nuremberg para obter sob pressão as confissões de culpa, principalmente dos líderes SS, a fim de poder consolidar a acusação do extermínio dos judeus. O senador norte-americano Joseph McCarthy chamou a atenção em uma declaração que ele prestou à imprensa dos EUA, a 20 de maio de 1949, para diversos casos de tortura onde esclarecimentos repugnantes foram obtidos através de espancamentos.

Confirmou-se que nas prisões de Schwäbisch Hall, oficiais da Leibstandarte SS Adolf Hitler foram espancados até que, ensanguentados, caíssem desmaiados. E quando estavam então prostrados indefesos ao chão, tiveram suas genitálias pisoteadas. No famoso Processo de Malmedy contra simples soldados, estes foram pendurados no teto até que assinassem suas confissões, conforme lhes fora exigido.

Uma comissão do exército sob liderança do sr. jurista Gordon Simpson, da Suprema Corte do Texas, investigou as queixas que afirmavam que “métodos de terceiro grau” teriam sido utilizados. Ela chegou à conclusão que “discutíveis e indesculpáveis métodos severos” haviam sido praticados para conseguir “provas” e “confissões”, sobre as quais muitas condenações à morte tinham se fundamentado durante o processo. O juiz Edward L. van Roden, que também pertencia à comissão, forneceu uma descrição exata. Dentre estes “discutíveis métodos severos”, ele nominou: “espancamentos, golpes brutais, dentes e queixos quebrados; processos forjados, onde os ‘investigadores’ se passavam por religiosos, solitárias com alimentação racionada."

Tal procedimento foi repetido durante os processos em Frankfurt e Dachau e muitos alemães foram condenados pelos crimes fundamentados em suas “confissões”. O juiz norte-americano Edward L. van Roden, um dos três membros da Comissão Simpson do exército criada para investigar a condução do processo em Dachau, revelou a 9 de janeiro de 1949 no jornal de Washington, Daily News, os métodos com os quais foram arrancadas as confissões. Seu relatório apareceu também no jornal britânico Sunday Pictorial a 23 de janeiro de 1949. Lá, ele descreve como alguém vestido de “padre” recebe as confissões dos detentos; torturas com palitos de fósforos incandescentes sob as unhas; golpes nos dentes e quebra de queixos; prisões solitárias e alimentação racionada. Van Roden escreveu:

“Os esclarecimentos apresentados como provas foram arrancados de homens, os quais foram mantidos antes por 3, 4 ou 5 meses na solitária e no escuro[...] Os interrogadores colocaram um capuz preto sobre as cabeças dos acusados; então, estes foram pisoteados e golpeados na face com uma barra de bronze[...] Todos os 139 alemães cujos casos foram analisados, com exceção de dois, tiveram o saco escrotal ferido de tal forma que não foi mais possível curá-lo. Este foi o ‘modus operandi’ de nossos investigadores norte-americanos."

Os aqui descritos responsáveis inquisidores “norte-americanos” foram:
- Tenente-coronel Burton F. Ellis (chefe do “Comitê de Crimes de Guerra”) e seus ajudantes, a saber:
- Capitão Raphael Shumacker;
- Tenente-coronel Robert E. Byrne;
- Tenente William R. Perl;
- Morris Ellowitz, Harry Thon e Kirschbaum (civis).

O conselheiro jurídico do tribunal foi o coronel A. H. Rosenfeld. Podemos extrair de seus nomes que a maioria deste pessoal tinha motivação racista e foi marcada pelo ódio. Segundo o juiz Wenersturm: 

“Eram judeus, e por isso, eles nunca deveriam ter sido incumbidos da investigação.”

Shlomo Sand

Olá, Visitantes.

A História nunca é linear. Há tantos meandros no seu tecido que a rede formada não deixaria passar nem o ar.

O historiador judeu Shlomo Sand é um desses que vão na contramão da "Oficial", sem se importar em ferir suscetibilidades. O que é, tem de sempre ser!

Na entrevista abaixo, ele fala sobre os primórdios do seu povo. É incrível! O cara é, sem nenhuma dúvida, corajoso!

Vejam o porquê dele ser tão malvisto (até malquisto) pelo sionismo. Os destaques são meus.
Fabian.

Entrevista: Shlomo Sand

“Os palestinianos são os autênticos descendentes dos judeus”

- Dizer que o povo judeu é uma invenção do século XIX parece uma provocação.
- No final do século XVIII e princípio do XIX surgiu o nacionalismo, e durante a segunda parte do séc. XIX cimentou-se a ideia do nacionalismo judeu. Os franceses sabiam que o seu povo existia desde os gauleses, os alemães que existiam desde os teutões e os judeus começaram a pensar que eram um povo desde o segundo Templo.
O Estado de Israel diz que é o Estado do povo judeu e que é um Estado democrático e judeu, o que é um oximoro, uma contradição”

- Na sua opinião, isso não é correto.
- Defendo que isso é uma “invenção”, como também não creio que existisse um povo francês 250 anos atrás. A maioria que vivia no reino francês não sabiam que eram franceses, inclusive não o sabiam na primeira metade do século XIX.

- Contudo, os judeus sempre tiveram uma identidade.
- Não creio que tivesse existido um povo judeu até recentemente. Inclusive lhe direi que penso que nem hoje existe um povo judeu.

- Por que?
- A Bíblia não é um livro de História, é um livro de Teologia. Foram os protestantes, e  depois os judeus, que converteram a Bíblia num livro de História.

- O povo judeu é uma invenção cristã?
- Exatamente. Vejamos, por exemplo, o suposto exílio judeu. O exílio nunca existiu. Quando os romanos destruíram o Templo no ano 70 da era cristã, não expulsaram os judeus pela força. Os romanos nunca exilaram a povos, algo que, sim, fizeram os assírios e os babilônios com algumas elites.

- Quando começou, então, essa versão da história? 
- A história sionista aproveitou o mito cristão do mártir Justino, que foi o primeiro a afirmar, no século III, que Deus castigou os judeus com o exílio porque não aceitaram Jesus. Essa foi a primeira vez que se afirma que os judeus foram deportados.

- Então, não houve deportação…
- É verdade que os romanos não permitiram aos judeus viverem em Jerusalém, mas os cristãos criaram a fantasia de que não se lhes permitiu viver em toda a Judeia. A raiz do mito do exílio judeu é cristã. Jamais houve exílio. Não existe nenhum livro científico que o afirme. Nas notas de 50 shekels diz-se que Tito deportou os judeus, mas isso é um mito.

- Isso vai contra o que se afirma normalmente.
- Exato, embora atualmente existam historiadores que dizem “Bom, não houve exílio mas, sim, que houve emigração”. O certo é que como os gregos e os fenícios, os judeus viajaram pelo Mediterrâneo…

- E isso não é correto? Na Península Ibérica já havia judeus nessa época.
- Antes de Jesus Cristo, havia na Palestina entre meio milhão e um milhão de judeus. A grande maioria, noventa ou noventa e cinco por cento, eram camponeses. Os judeus não eram como os fenícios ou os gregos, não viajavam tanto pelo mar. A proporção dos que saíram é infinitamente muito pequena.

- Mesmo depois da destruição do Templo no ano 70?
- Inclusive nessa época. O que aconteceu antes do ano 70, no período que vai dos Macabeus a Adriano, foi que o judaísmo começou a dispersar-se. Atenção, foi o judaísmo que se dispersou, não os judeus. É verdade que saíram comerciantes e soldados que levaram consigo a ideia monoteísta, mas não foram muitos. Os Macabeus conquistaram Edom e obrigaram pela força os seus habitantes a converterem-se ao judaísmo. O mesmo aconteceu em Galileia. Desde o século II antes de Cristo até ao século II depois de Cristo, o judaísmo foi a primeira religião monoteísta proselitista.

- Mesmo durante a diáspora?
- No  Mediterrâneo, no final do século I depois de Cristo, havia quatro milhões de crentes judeus. Foi durante esse período proselitista quando o judaísmo se projeta no Mediterrâneo.

- Quer dizer que a maioria dos judeus do Mediterrâneo não vieram da Palestina?
- Efetivamente, a grande maioria não é originária da Palestina. Foram convertidos. Desde a época de Adriano, no século II, verificou-se uma drástica queda do número de judeus porque muitos se converteram ao cristianismo. De quatro milhões de crentes judeus passou-se a um milhão.

- Converteram-se ao cristianismo?
- E o que vou a dizer agora está relacionado com a Península Ibérica. No início do século IV produz-se a vitória do cristianismo com Constantino e decresce o número de judeus. O judaísmo prevalece especialmente em Palestina, em Babilônia e no Norte de África. No Norte de África, no século VII, quando chega o Islão, são os judeus que lutam contra os muçulmanos. Existiu uma rainha judia berbere, Dahia Kahina, que lutou contra os muçulmanos. O historiador árabe Ibn Jaldun menciona que na zona havia tribos judaicas muito grandes. A rainha Kahina morreu lutando contra os muçulmanos em 694. Tariq ibn Ziyad, o conquistador da Península Ibérica em 711, era berbere. Existem muitos testemunhos antigos cristãos que afirmam que os conquistadores eram judeus e muçulmanos. Muitos judeus juntaram-se ao exército muçulmano porque sofreram muito durante os reinos visigodos.

- Só então entram os judeus de forma massiva na Península Ibérica?
- Frequentemente me perguntava por que havia tantos judeus na Península Ibérica e não em França ou Itália, porque havia tantos judeus no lugar geograficamente mais afastado da Palestina. É óbvio que houve alguns soldados e comerciantes que se converteram, como em França ou Itália. Mas porque de repente há tantos judeus na Península? Creio que a resposta tem que se procurar na conquista berbere de judeus e muçulmanos. O conquistador Tariq ibn Ziyad pertencia à tribo Nafusa, a mesma tribo da rainha Kahina. Se em 711 Tariq ocupou um posto tão destacado, é bastante provável que em 694 fosse um soldado no exército judeu de Kahina. Não pode ser de outra maneira. Certamente Tariq foi um judeu que se converteu ao islão. Se lemos os testemunhos antigos, constatamos que os cristãos acusam conjuntamente muçulmanos e judeus da conquista da Península. Creio que é por isso porque o número de judeus em Espanha é tão superior ao número de judeus em França ou Itália.

- Então a maioria dos judeus da Península Ibérica provinha de judeus berberes convertidos?
- Efetivamente. Colocarei outro exemplo, os judeus de Iêmen. Também existiu um reino judeu em Iêmen durante 120 anos, no final do século V e princípio do VI; uma tribo que se tinha convertido ao judaísmo.

- Você menciona também o reino dos cázaros, um povo originário de Ásia Central, que se converteu ao judaísmo.
- Com os cázaros aconteceu exatamente o mesmo: é o judaísmo, não os judeus, o que se expande. A massa demográfica mais numerosa é a dos cázaros. É curioso que o sionismo reconhece a importância dos cázaros até 1967 e depois deixa de ser uma tese legítima.

- Dos cázaros, provêem os judeus asquenazitas de Europa?
- Assim é. Os mongóis expulsaram os cázaros para Europa. Não pode ser que os judeus de Polônia tenham vindo de Alemanha, porque em Alemanha, nos séculos XII e XIII, apenas havia uns centos de judeus, não se pode passar de um dia para o outro a três milhões de judeus na Polônia, é simplesmente impossível. Os judeus de Polônia e de outros países da Europa Oriental, só podem descender dos cázaros. Ainda em 1961, havia um prestigiado historiador israelita que afirma que os cázaros são os antepassados dos judeus de Europa Oriental. Naquela altura, ainda  se aceitava que não provinham da Alemanha.

- A sua teoria é que a maior parte dos judeus de hoje não proveem da Palestina mas de outros povos que se converteram ao judaísmo.
- Exato. Mas existe outra questão importante: se não houve exílio da Palestina, se os romanos não expulsaram os judeus, que aconteceu aos judeus da Palestina? Existem muitos historiadores israelitas, incluídos Yitzhak ben Zvi, o segundo presidente de Israel, ou David ben Gurion, que até 1929 afirmavam que os palestinianos árabes são os verdadeiros descendentes dos judeus. Esta tese, defendida pelos principais sionistas, morreu em 1929. Ainda em 1918 Ben Zvi e Ben Gurion escreveram juntos um livro onde afirmavam que os palestinianos são os autênticos descendentes dos judeus. Contudo, dizer isto hoje em dia causa escândalo.

- O sionismo não o aceita.
- É importante entender que existem duas versões do nacionalismo, uma do rio Reno para Ocidente e outra do Reno para Oriente. Em todas as partes se inicia o nacionalismo como um fenômeno racista etnocêntrico, mas em Ocidente deriva num movimento político civil. Ao contrário, a Oriente do Reno prevalece o seu carácter etnocêntrico. Em ambas as partes, há racismo. Em França, se tens a nacionalidade francesa és francês, em virtude dos valores republicanos. Mas na Alemanha, mesmo que tenhas a nacionalidade não és necessariamente alemão. Em Polônia, desde 1919, se não és católico, não és polaco. O sionismo nasceu entre Alemanha e Polônia e, por isso, tem uma forma meio alemã, meio polaca.

- Mas um judeu é o filho de uma mãe judia.
- Sim, segundo a lei religiosa, mas, para o sionismo, o judaísmo é povo e nação. Não se pode entrar, mas também não se pode sair. Só podes entrar se te convertes religiosamente. O sionismo não era religioso, mas utilizou a religião porque não dispunha de outros instrumentos para delimitar o judaísmo. A minha tese é que o sionismo adotou componentes etno-religiosos dos polacos e etno-biológicos dos alemães e criou uma espécie de nacionalismo fechado, que não é político, nem civil como foram os nacionalismos ocidentais.

- E quais as suas previsões para o futuro?
- Hoje em dia o sionismo conserva o seu caráter etno-religioso e creio que isso destruirá o Estado de Israel.

- Por que?
- O Estado de Israel afirma que é o Estado do povo judeu e que é um Estado democrático e judeu, o que é um oximoro, uma contradição. Um Estado democrático pertence a todos os seus cidadãos. Uma quarta parte dos cidadãos de Israel não são judeus, mas o Estado afirma que pertence somente aos judeus. Existem leis que dizem que o Estado é judeu e que o Estado não está aberto aos outros. O sionismo não reconhece os “israelitas” não-judeus e isso não pode continuar. Mesmo que Israel saia dos territórios ocupados, não haverá calma. Os árabes estão vivendo num Estado que diz que não é deles, em cujo hino nacional se fala do “espírito judeu”. Quanto tempo poderá durar esta situação?

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Tráfico negreiro

Olá, Visitantes.
Segue abaixo a reprodução de uma matéria que extraí daqui. Após o rapper Kayne West ser rotulado pela grande podre mídia de "antissemita", é a vez do craque do Brooklyn Nets Kyrie Irving receber o mesmo tratamento.

Sendo um combatente ferrenho do racismo e de qualquer desigualdade que apareça, Kyrie manifestou seu apoio a um filme ("Hebreus para Negros: Acorde a América Negra!") que mostra a imensa contribuição judaica no tráfico de escravos, fato que não é nenhuma novidade e os ditos "especialistas" não confirmam, nem desmentem. Apenas é omitido por essa grande podre mídia, não por coincidência, predominantemente judaica. Nessa omissão, o ônus da escravidão recai só sobre os ombros dos brancos.

A quem se interessar, tal tema do filme foi esmiuçado no grande livro de 1981, do historiador brasileiro José Gonçalves Salvador, onde ele nomeia praticamente todos os donos das frotas de navios negreiros ("Os magnatas do tráfico negreiro"). Recomendo.
Fabian.

PODER JUDAICO O jogador de basquete Kyrie Irving é um dos muitos africanos nos EUA que agora se manifestam criticamente contra os judeus. Recusa-se a pedir desculpas por apoiar "filme anti-semita".

O jogador de basquete Kyrie Irving. Foto:  Erik Drost ,  CC BY 2.0 , via Wikimedia Commons.

O jogador do Brooklyn Nets Kyrie Irving é o mais recente de uma série de celebridades negras a ser criticado depois que ele compartilhou um link para "Hebreus para Negros: Acorde a América Negra!", um filme que aponta que os judeus controlavam amplamente o comércio de escravos entre a África e os Estados Unidos.

De acordo com a Jewish Telegraph Agency, é fato que os judeus participaram do tráfico de escravos. Além disso, afirma-se, no mesmo jornal, de acordo com "especialistas", que a afirmação do filme não é verdadeira, nem falsa, mas se enquadra na terceira categoria: "anti-semita".

Irving, como Kanye West antes dele, se recusou a retratar suas declarações. Durante uma conferência de imprensa, ele teve a oportunidade de se retratar, mas respondeu:

- Não quero retirar nada em que acredito. Só vou ficar mais forte porque não estou sozinho. Eu tenho um exército inteiro ao meu redor.

Joseph Tsai , proprietário chinês do Brooklyn Nets, lamentou a situação e disse estar desapontado por Irving ter compartilhado "desinformação antissemita".

Segundo o New York Post, o notório grupo de lobby judeu ADL já iniciou sua campanha de incitação para que Irving se distanciasse de suas declarações. Eles entraram em contato com o Brooklyn Nets e foram diretamente para a administração da NBA. Irving não discutiu pessoalmente o assunto com a ADL, mas enviou um representante para uma reunião com o grupo de lobby.

Uma observação da natureza possivelmente "anti-semita" é que metade dos times da NBA tem proprietários judeus. Isto é relatado pelo jornal judaico Forward.

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

O mito e o extraordinário

Olá, Visitantes.

Pudemos testemunhar no 2° turno da eleição presidencial de 2022 o confronto de dois seres que, não podemos deixar de admitir, são bem acima da média, social e politicamente falando. Um, chamado de “mito” (sentido BEM figurado) e outro, devido à sua trajetória de vida, um extraordinário.



O epíteto de Bolsonaro pode não ter a melhor das origens (pernas brancas de “parmito”), mas ele conseguiu fazer jus a ele em suas décadas de vida pública, jamais perdendo uma eleição. Não pela nobreza de seus feitos e atitudes (pra lá de toscos e pífios), mas pela sua capacidade de conflagrar uma montanha de admiradores fiéis e apaixonados que se identificam com ele e fazê-los seguir suas idéias e intenções.

Desde sempre, Bolsonaro mostrou-se autêntico e transparente em sua idiossincrasia: centenas de comentários e frases soezes, demonstrando seus posicionamentos misóginos (sua filha, uma “fraquejada”), racistas (“Quilombola 15 arrobas”), homofóbicos (“Nenhum pai tem orgulho de ter filho gay”), cruéis (imitando sufocamento), vexatórios (o coro “Imbroxável!”), degenerados (“Pintou um clima” com adolescentes) e tantos outros.

Tal personalidade não impediu que ele se elegesse presidente em 2018 com incríveis 57,8 milhões de votos (muitos de mulheres, negros e gays). E, após um mandato reiterando com requintes de crueldade sua personalidade, ele se utilizou sem pudores dos poderes da máquina pública (desde orçamento secreto até aparelhamento da PF) e conseguiu aumentar o número de fiéis seguidores, admiradores e, até, cúmplices para 58,2 milhões. Um feito digno de um mito.

Porém, mais incrivelmente ainda, com toda essa influência, aparato econômico e logística a seu favor, ele foi superado pelo único indivíduo capaz de realizar tal proeza. Lula sofreu uma sórdida perseguição político-jurídica poucas vezes vista no mundo e foi “enterrado vivo” (palavras próprias), quase incomunicável, por 580 dias aos 73 anos de idade. Nesse período de perseguição insana, perdeu esposa, um irmão e um neto. Sobreviveu firme.

Foram Aécio, Cunha, Moro e Dallagnol (apoiados pela grande podre mídia e pela omissão do judiciário) que encabeçaram uma máquina pútrida e destrutiva de falsidades e torpezas, utilizando-se de quaisquer artimanhas e deturpações possíveis para demonizá-lo, a sua família e a esquerda em geral, manipulando a oligofrenia coletiva aos seus objetivos e bel prazeres. Deu muito certo, mas Lula não apenas suportou o covarde jugo desses degenerados. Teve, paulatinamente, todas as acusações contra ele retiradas, limpando seu nome o suficiente para poder se candidatar novamente.

E ele superou durante a campanha eleitoral e praticamente sozinhose valendo de um carisma ímpar e extraordinário, toda a monstruosa carga de fake news (e piores) e toda oposição (coisa que NENHUM outro em seu lugar conseguiria) para se eleger presidente da república pela 3ª vez. Não me lembro de qualquer personalidade no mundo que tenha saído de um massacre político/midiático/social tão intenso e excruciante para o topo do mundo tão triunfantemente e em tão pouco tempo.

Dois homens antípodas na mentalidade, na moralidade e no trato em todos os níveis. Um, repelido por quase todo o mundo; outro, aplaudido. Um, com uma biografia prenhe de obscuridades e escândalos; outro, de realizações e contribuições. Dois homens que estarão na História por motivos díspares. De minha parte, sinto-me bem aliviado e feliz pelo fim (ao menos, aparente) da "Era Mítica".

Fabian.