terça-feira, 14 de junho de 2022

Acaso x Criação

Olá, Visitantes.

Eu me confesso um 'antievolucionista'. É impossível para mim aceitar que a vida na Terra, com sua espetacular, inacreditável diversidade tenha sido obra do acaso, de algum "caldo químico" onde as primeiras células se formaram há alguns bilhões de anos e, após uma incalculável sequência de tentativas e erros, foi se transformando e formando tudo o que vemos de vida.

Quanto mais eu leio sobre a biologia celular e sua intrincadíssima rede de funcionamento e especialização, mais eu solapo o Evolucionismo.

No que eu acredito, é um longo papo e assunto para um outro post. Por enquanto, vejam essas duas opiniões sobre o assunto. A explicação do segundo é um tanto especializada, mas é bem entendível, bastando reler com calma algumas vezes, se necessário.
Fabian.

Mais um ‘XEQUE!’ em Darwin

Trechos de “O maior espetáculo da Terra

Por Richard Dawkins (evolucionista)

“Que lições aprendemos com a domesticação de cães? Primeiro, a grande variedade de raças caninas — dinamarquês, yorkshire, terrier escocês, airedale, ridgeback, dachshund, whippet, são-bernardo etc. — demonstra como é fácil e rápido obter mudanças impressionantes na anatomia e no comportamento com uma seleção não aleatória de genes, "esculpindo e desbastando" os reservatórios gênicos. Os genes envolvidos podem ser surpreendentemente pouco numerosos. No entanto, as mudanças são tamanhas e as diferenças entre as raças são tão gritantes que até se poderia supor que a evolução desses novos tipos levaria milhões de anos em vez de apenas séculos. Se é possível obter mudança evolucionária em apenas alguns séculos ou mesmo décadas, imagine o que se poderia conseguir em 10 ou 100 milhões de anos.” (...)

“Se os criadores humanos podem transformar um lobo num pequinês ou uma couve selvagem numa couve-flor em apenas alguns séculos ou milênios, por que a sobrevivência não aleatória de animais e plantas selvagens não poderia fazer a mesma coisa ao longo de milhões de anos?”



Célula: A Caixa Preta da Vida (por Marcos Eberlin) 

4.4: O Inesgotável DNA e a Troca Antevidente Genial

de Uracila por Timina 

No RNA, uma das bases nitrogenadas utilizadas é a uracila (U), mas no DNA esta base "aparece" trocada por timina (T). Mas por que? Timina e Uracila se diferem só por uma metila, aparentemente em uma posição inócua. Várias explicações tem sido oferecidas e hoje, sabemos que esta troca tem uma lógica incrível, uma estratégia planejada com maestria plena para que todo o sistema funcione com extrema precisão e eficiência. A importância da troca se percebe pelo grande esforço que a célula faz para procedê-la. A troca de U por T é feita pela maquinaria da célula através de uma reação de metilação, catalizada por ácido fólico, antes da incorporação da T, via nucleotídeo, no DNA. Mas por que esta troca, U por T, tão "tênue"? Tudo indica hoje, essa troca tem duas finalidades cruciais e específicas:

1. Especificidade: A primeira finalidade foi a de aumentar a especificidade do pareamento no DNA, pois troca-se U por T, e T é bem mais seletiva em seu pareamento com a adenina (A), a dupla "Agnaldo Timóteo"! A base U faria também um pareamento preferencial com A, mas não tão seletivo, pois U pode parear bem também com todas as bases, inclusive consigo mesma. Ou seja, a metilação que causa a troca U por T é uma estratégia de aumento da integridade da informação, que precisa ser máxima no DNA! O DNA é um software nano-molecular imenso que não pode errar e tudo foi feito nele para minimizar, ao máximo, os erros de pareamento e leitura.

2. Integridade: Outro motivo da metilação e troca U por T parece se relacionar também com a integridade da informação. Sabe-se hoje que a citosina (C) do DNA sofre deaminação, se transformando assim em U, o que gera uma uracila (U) “alienígena” no DNA! No RNA, esse processo não é importante, pois o RNA é rapidamente usado e reciclado, não havendo tempo suficiente para este erro se acumular. Mas o DNA tem um tempo de vida bem mais longo e assim este “dano”, via degradação natural, se torna crítico; sem o seu conserto, catastrófico!

A mente inteligente que projetou o DNA (ou você acredita em “dragões que cospem fogo”?) percebendo este entrave mortal (pois uma mutação pontual, deletéria, aleatória e muito frequente seria inevitável), usou, então, de sua antevidência e resolveu o problema de duas formas geniais. Se não trocasse a U por T no DNA, este não saberia reconhecer o que seria um U “legítimo” ou “ilegítimo” (o U "alienígena" formado pela degradação de C); mas trocando a U por T, o DNA ficou “livre” para reconhecer todo e qualquer U como “alienígena” e, assim, eliminá-lo! Mas como eliminar este U "alienígena"? Outra solução genial foi criar uma maquinaria e uma enzima de reparo - “uracil glicosilase” - específica para corrigir este defeito natural, aparentemente "inevitável" (a não ser que um ajuste no ajuste já finíssimo das forças eletroquímicas fosse feito).

A troca U por T é assim um espetáculo de complexidade irredutível associada com antevidência genial que, segundo os métodos científicos de detecção de design propostos pela TDI, fornece evidência aparentemente irrefutável de inteligência na Vida. Bom, a evolução com suas metodologias, diz que foi o que? Um "frozen accident"... Ou algo que aconteceu lenta, gradual e sucessivamente, por processos naturais não guiados. Você acredita em milagres? Sem santo? Cascata de milagres? Eu, não! 

O DILEMA DA TROCA URACILA POR TIMINA.

Percebe aqui um dilema enorme para a Evolução? Outro dilema "retrógrado" como o de Haldane, que se junta a tantos outros a “afrontar” uma teoria equivocada. A Evolução assume hoje que a Vida se iniciou por um “RNA”, o “RNA Eva”.

Deixando de lado as enormes dificuldades encontradas em se justificar a síntese, catálise e transformação desse "RNA primordial" em "DNA", imagine (pois só a imaginação parece funcionar aqui) que realmente o RNA deu origem ao DNA. Mas um DNA que usasse as mesmas bases do RNA, U e C juntas, e não T e C como o "DNA inteligente" de hoje, seria “mortal” à Vida, pela confusão catastrófica causada pela deaminação natural e relativamente rápida de C em U, como vimos!

Ou seja, para que a transformação RNA em DNA fosse viável, a Evolução teria que, antes da Vida baseada em DNA existir, ter a antevidência genial de prover, e a priori, toda a maquinaria de metilação de U em T, antes de substituir o tal "RNA primordial" pelo DNA primordial, e ao mesmo tempo e no mesmo “santo” lugar, prover ao “recém nascido” DNA um mecanismo eficiente de reparo enzimático (pois lento não poderia ser), reparo do dano natural C por U.

Dois “milagres” químicos, simultâneos. Aliás três, pois como vimos no assunto anterior, a maquinaria de retirada (limpeza) da hidroxila da ribose do RNA teria que estar lá também funcionando, senão o DNA seria degradado rápido demais, (100 vezes rápido demais). E a Vida não pode esperar a chance de se viabilizar; só em "contos de fadas" isto acontece. Você crê em milagres evolutivos? Em seus "dragões que cospem fogo"? Dragões que cospem processos, enzimas, códigos, informação? Eu, talvez "retrógrado" demais, não!

2 comentários:

  1. Design Inteligente?
    ------------------------
    Tão inteligente que existem mais de 4.000 doenças genéticas.
    Onde está a inteligência nisso?
    Isso é falha, não design inteligente.
    (Richard Dawkins)

    ResponderExcluir
  2. "Inteligente" não significa "perfeito". O caso é que o DNA possibilitou muitas miríades de diversidades.
    Além do quê, tudo envelhece, "se cansa". Disse, até, Fernando Pessoa:

    "Não haverá um cansaço das coisas? De todas as coisas, como das pernas ou de um braço?"

    ResponderExcluir