quinta-feira, 13 de abril de 2023

Deus é...?!

Olá, Visitantes.

"A fé remove montanhas", mas devidamente manipulada, se transforma num eficiente instrumento de bestificação, aprisionando os crentes em armadilhas emocionais, mentais, morais, espirituais e levando-os a falsas e desnecessárias contrições. Crença é uma poderosa aliada na formação e solidificação do caráter, mas como tudo que consumimos metafisicamente, é preciso parcimônia, retidão, compreensão e uma inteligência emocional bem definida.

Estou cansado de ver o povinho (esmagadora maioria da humanidade) indignado com Deus e o mundo, perguntando por que se aceita, se permite existirem tantas iniquidades como tráficos (de crianças, de órgãos, de drogas, de escravas sexuais, de animais silvestres, etc), pornografia, satanismo, etc. A resposta é mais do que simples: PORQUE EXISTEM COMPRADORES ! Este é o maior problema da humanidade: sua TÁCITA E COMODISTA CUMPLICIDADE com essas iniquidades que ela afirma execrar. E já que esse povinho não quer sair da sua pasmaceira (como todo "bom" parasita), faz o que Raul execrava: "É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro", bem ao estilo "Errar é humano; botar a culpa no outro é mais humano ainda". E qual melhor expiador de culpas do que Deus?

Vejo essa atitude oligofrênica de questionar Deus sobre o "motivo Dele permitir essas degradações e imoralidades contra Seus filhos" (livre arbítrio) tão patética quanto a de delegar a Ele onipotência, onipresença e onisciência. Para mim, Deus está para o homem como este está para os ácaros que habitam seu corpo. A diferença é que (acredito) o ser humano tem o potencial de atingir níveis similares a Deus. Para tanto, o primeiro passo seria não se entregar como o faz às degradantes tentações (não apenas a luxúria). O segundo seria uma sinergia entre as capacidades de seus semelhantes e o uso racional do poder da Mãe Terra.

Tudo foi dado ao homem no planeta, incluindo a capacidade exclusiva de evoluir como nenhuma outra espécie. Muitos tentam (até conseguem) evoluir consideravelmente, mas a esmagadora maioria se perde em todos os tipos de degenerescências (desde o comodismo até o parasitismo, que, no fim, são gêmeos). Por causa disto, nessa toada, a sentença final do saudoso Flávio Migliaccio se faz perfeita: "A humanidade não deu certo".

A Mãe Terra, no entendimento de diversas crenças

Eu creio, sim, em "Deus" como o "Criador do Céu e da Terra" (como nos é passado por todos os livros sagrados de todas as religiões) e de tudo o que há nela, mas não da maneira que os crentes afirmam ("Ele quis e tudo simplesmente se fez"). Penso que demandou um trabalho incalculável e muito tempo mesmo para sua execução. Ele e seus "anjos" labutaram e pelejaram de mil maneiras contra mil adversidades, com tantas e tantas "tentativas e erros" (vide as quimeras, p. ex.) e contando com a natural "Lei do mais forte" para a seleção e evolução das espécies.

Imagino-O como um ser imensamente superior à sua "maior criação" em todos os níveis e sentidos. Mas a própria Bíblia O coloca como um ser que aprende com a experiência (em Gênesis, Ele vai criando as coisas na Terra e, várias vezes, a frase termina com "E viu Deus que era bom", ou seja, era novidade até para Ele) e passível de errar ("Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra" Gênesis 6:6). Não nos esquecendo do "d'us" judaico (Javé), que se mostrou cheio de falhas de caráter (parcial, ciumento, vingativo, assoberbado, etc).

Muitos na humanidade primam pelo "Quanto menos faz, menos quer fazer" e pelo "Fácil vem, fácil vai" (o que maximiza sua pobreza de espírito). Seu comodismo, sua alienação, sua estupidez, sua soberba e, especialmente, suas crenças, tudo é cevado pelos supremacistas escravagistas que conseguem, assim e conjuntamente a facilidades e entretenimento, manter seus escravos numa rédea muito curta e sob estrito controle. Se a humanidade hospedeira fosse tão unida e perseverante como seus algozes, já há muito estaria em outro nível de existência terrena, num nível de evolução e purificação dignas da "maior criação de Deus".

Minha maior certeza é que, sozinhos, nada somos. Unidos, jamais nos perdemos.

Fabian.

3 comentários:

  1. A maioria é estúpida. A maioria é ignorante. A maioria é covarde. (Varg Vikernes)

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    1. Infelizmente correto. As elites cevam a ignorância para melhor e mais fácil dominar.

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    2. A maioria das pessoas, sempre e por toda parte, são insensatas e tolas. E o chamado Estado do bem-estar e o sistema de ensino “público” contribuem para que a população se torne ainda mais estúpida. Eles não pensam por si só, mas sim rezam somente aquilo que a elite prega. E a elite tem todo o interesse em manter já várias vezes a massa tola, pois assim elas aproveitam desta tolice.
      (Hans-Hermann Hoppe)

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